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"Não voltarei a ser a mesma pessoa, nunca mais!" - Testemunho

Sexta-feira, 09.09.16

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Hoje recebemos um email de uma mamã que já perdeu à algum tempo e que quis partilhar o relato de um diário que foi escrevendo após a sua perda.

Obrigada Sofia pela partilha tão intensa. 

"Tudo está escrito noutros tópicos. Já todas leram. Contudo, desde o dia que soube que o meu bebé tinha um problema, resolvi escrever um diário. Acabei de o escrever hoje e gostaria de aqui deixar o meu testemunho. É extenso! Quem o conseguir ler até ao fim é uma corajosa! Obrigada a todas!

Soube que estava grávida mesmo antes de ter qualquer atraso, a azia não engana! E comecei a tê-la no 22º dia de ciclo. Fiz o teste dia 29 de Janeiro 2012 e já esperava o resultado POSITIVO! Começava naquele dia a minha caminhada para o meu 3º filho. Decidi viver esta gravidez dia a dia, pois tinha a convicção de que seria a última.
Fui marcar consulta com a minha médica à MAC. A 1ª consulta, dia 28/02. Saí de lá com o meu livrinho de grávida e com ecografia feita para determinar o tempo exacto de gravidez e se o embrião estava bem implantado! Tudo bem! Rapidamente escolhemos nomes: Santiago se fosse rapaz, Margarida se fosse menina. Eu sempre tive o feeling, desde o positivo que era rapaz e logo o comecei a tratar por Santiago, embora em tom de brincadeira ía dizendo que se fosse menina teria muito que me desculpar!
Dia 26 de Março fiz as análises para o rastreio do 1º trimestre e dia 3 de Abril fui fazer a eco do mesmo rastreio. Assim que o médico coloca a sonda vejo o meu bebé a fazer “bolinhas de sabão” e as mãozinhas abanavam como se estivesse a dizer-nos http://r12.imgfast.net/users/1211/32/93/76/smiles/94401.gif, estou aqui!
A primeira medida que o médico resolveu tirar foi a da TN e aqui começou o pesadelo: 7,9mm, ou seja, muito acima do limite máximo que é 2,5. Em qualquer texto sobre TN falam até aos 6,5 e são bebés com problemas. Mais do que isso é um absurdo! O resto estava bem!
Sai do ecógrafo e fui à consulta de DPN (diagnóstico pré natal). Enquanto esperava na sala de espera ia vendo o relatório da eco que dizia que o rastreio era positivo com probabilidade de bebé com trissomia 18 de 1/8. Mesmo assim não desanimei e disse ao meu marido:” Vais ver que estamos nos outros 7.”
Entrámos na consulta e a médica, sem rodeios disse: “ este é um bebé com problemas! A TN está muito elevada e além disso, o líquido que se acumula na nuca vai se espalhando à volta de todo o cérebro. As suas análises tb têm valores baixos! Vamos fazer uma biópsia das vilosidades coriónicas, se quiser, mas pelas imagens ecográficas estamos na presença de um bebé ou com trissomia 18 ou com síndrome de turner (em que só tem cromossoma x). Ambas as malformações são incompatíveis com a vida.
Nesta altura eu já chorava, de mão dada com o meu marido. Concordámos em fazer o exame rapidamente e o médico, Dr. Álvaro Cohen disponibilizou-se para me fazer o exame dentro de 15 minutos.
Deitei-me na marquesa cheia de medo e disse isso mesmo ao médico, também para ver se aliviava o ambiente. O médico respondeu: “isso não lhe posso tirar!” com um tom seco e bruto. Depois começou o exame e aqui começou a explicar o que fazia…primeiro a picada da anestesia local…depois a picada da agulha e eu sentia a pressão da agulha a furar os tecidos. Não é muito doloroso mas sempre doí um bocadinho. Quase no final ainda lhe disse entre uns ais: “ Dr, se eu fosse mais magra era bem mais fácil, não era?”, “Muito mais” respondeu ele. Terminou, retirou a agulha e com um tom mais doce lá me disse: “Portou-se muito bem”. Ainda nos mostrou no frasquinho o que eram as vilosidades da placenta.
Depois a enfermeira veio dizer-me o que iria sentir e que seria normal como cólicas e podia mesmo sangrar um pouco. Devia repousar 48h e só me levantar para comer e ir à casa de banho.
Vim para casa e pensei:” Porque tenho de fazer repouso se é um bebé inviável?” Sejamos realistas, com todos estes factores juntos, a probabilidade de ainda assim ter um bebé saudável é inferior a 1%.
Apesar de estar mentalizada para o pior, dou por mim, na presença de uma estrela cadente a pedir para o meu bebé ser saudável e isto não passar de um terrível engano.
Neste momento, estamos a dia 7 de Abril e espero os resultados da biópsia. Era suposto estarem prontos dia 5 mas com a notícia de fecho da MAC nesse mesmo dia, acho que os funcionários esqueceram-se de trabalhar. Dia 9, segunda-feira, vou à Mac saber os resultados.
Até agora, descobri que o dia 3 de Abril é um marco em todas as minhas gravidezes. Na gravidez do Miguel, foi o dia em que fui internada para ele nascer a 16 do mesmo mês. Na gravidez da Mafalda foi o dia em que saí da maternidade com ela nos braços; agora foi o dia em que soube que o meu bebé tinha problemas.
O que custa mais???? Ter visto a imagem do bebé a fazer bolinhas, a acenar as mãozinhas, ouvir o seu coração. Dia 6 de Abril senti mexer pela primeira vez. Isto custa muito! Se 95% das trissomias 18 terminam em aborto espontâneo porque razão este bebé continua agarrado a mim????
Dia 9 continuarei a escrever……
Hoje, dia 9/4/2012, fui direita à MAC assim que saí da empresa. Cheguei lá pelas 11h. Assim que cheguei à consulta de DPN, disse a uma enfermeira o que pretendia e esta respondeu-me: “Ia ligar-lhe agora mesmo! Mas as notícias não são as melhores!” eu só perguntei: “ É a 18 não é?”, “Sim” disse ela. A seguir marcou-me consulta para Quarta-Feira, dia 11 a fim de se fazer o pedido formal de IMG, depois, reúne uma comissão na Sexta-Feira dia 13 para deliberar os pedidos e só serei internada na semana seguinte.
Apesar de estar à espera deste resultado, desatei a chorar mesmo à frente da Enfermeira. Meu Deus! Eu estou a gerar um ser que nunca vai nascer.
Desci ao 1º piso e fui procurar a Dra. Isabel Nogueira, já que tinha consulta amanhã e não faz muito sentido lá ir. Encontrei-a quando vinha dos internamentos e pedi-lhe 2 minutos e mais uma vez desatei a chorar. Agarrou em mim e sentou-se comigo numa das cadeiras do corredor…expliquei o que tinha acontecido….deu-me força: “infelizmente acontece…..mas não pode desistir…continue o seu caminho….vai ter um 3º filho!”
Disse-lhe o que realmente penso e me ajuda a erguer a cabeça. É de um extremo egoísmo pensar que só acontece aos outros. Pensar ou dizer: “Eu não mereço isto”. É verdade, não mereço mas quem merece???? E o que eu sou mais que as outras para eu não merecer e calhar às outras tamanha tristeza???? A natureza é assim, as coisas acontecem, as estatísticas existem. A probabilidade de gerar um filho com trissomia 18 é de 1 em cada 8000. Pouco provável portanto. Bolas, mas tem que calhar a sorte grande a uma desgraçada entre 8000 para a estatística existir e desta vez fui eu a infeliz contemplada.
Outra das coisas que me ajuda a erguer a cabeça é o facto de ser trissomia 18, incompatível com a vida. Bem pior seria se fosse trissomia 21 e eu ter que escolher se queria ter ou não um filho deficiente. Certamente escolheria não ter! Mas talvez ficasse com um peso maior para o resto da vida porque tinha decidido sobre a vida de um ser. Teria eu esse direito? Neste caso, nem se coloca essa questão. Simplesmente não tenho opção.
E é isto que me faz seguir em frente.
Contámos à Mafalda hoje. Com 3 anos, não tem noção do que é a morte. Optámos por lhe contar outra história….os médicos são tontos, porque disseram que havia um bébé dentro da barriga da mãe e afinal não há. A mamã tem um doi-doi grande dentro da barriga e os médicos pensaram que era um bébé. A mamã vai ter que ir ao hospital 2 dias para tratar o doi-doi.
Disse que estava um bocadinho triste mas não voltou a falar no assunto.
O meu filho também está triste. Segunda-Feira, dia 16 faz 16 anos e não sabe muito bem como lidar com tudo isto. Eu tento desvalorizar e dizer-lhe que pior era descobrir que ele ou a irmã tinham uma doença grave. Ainda não me viu chorar!
Dia 11/04 fomos à consulta. Na sala de espera estavam imensas grávidas e confesso, a sua felicidade custa-me. Não lhes desejo mal nenhum, simplesmente preferia não me cruzar com grávidas nesta altura
Na consulta, assinei o pedido de IMG. O meu marido vinha danado porque não é tido nem achado, não assina nada, ninguém lhe pergunta nada! Aqui só existe a mulher grávida!
A médica explicou-me que, em princípio, na 2ª feira dia 16 vou à MAC tomar um comprimido que prepara o útero (fui ler e o que li é que este comprimido serve para “matar” o feto), e depois, dia 18 sou internada para fazer a medicação vaginal e normalmente, a maioria das mulheres expulsa o feto nesse dia à noite. Se tudo correr bem sairei no dia seguinte!
Dia 13/04 a enfermeira liga-me para me dizer que a comissão não iria reunir naquele dia mas que tentaria tudo para que eu iniciasse o processo dia 16. A ver vamos.
Choro todos os dias. Tenho fases ao longo do dia. No carro, entre a visita a um cliente e outro choro por baixo dos óculos escuros. Quando chego à porta do cliente, limpo as lágrimas, respiro fundo e lá vou eu com um sorriso nos lábios e o coração vazio!
Em casa tento mergulhar nos livros, já que vou ter os exames da Ordem no final do mês. Aconselharam-me a suspender o estágio (colegas) mas entendi que não, quanto mais tempo estiver ocupada menos penso, menos choro, mais depressa o tempo passa, mais depressa a dor é atenuada. Não sei se será assim mas é o que penso agora.
Dia 16, estava a estacionar o carro à porta da MAC para ir saber novidades e o telefone toca. Era a enfermeira a pedir-me que fosse lá tomar o comprimido. Fui! Tomei o comprimido sem pensar muito no que estava a fazer e combinámos o internamento para dia 18 às 11,30.
Dia 18 já não trabalhei. O meu marido levou os miúdos à escola às 8 da manhã. Eu fiquei em casa a arrumar a minha mala, a fazer a cama de lavado, a inventar coisas para fazer porque não conseguia estar parada. O meu marido chegou e saímos logo de casa eram 9h. Fomos tomar o pequeno almoço e ainda era muito cedo. Fomos passear para as Amoreiras. Parecíamos uns tontos, a passear num centro comercial às 9:30 da manhã! Lá fizemos tempo e fomos para a MAC.
Quando cheguei ao serviço de DPN, estava lá à porta a minha amiga Sofia Rubina para me dar um beijinho. Fomos ter com a enfermeira e mandou-nos esperar. Pouco depois mandaram-nos para uma salinha, sozinhos onde teríamos que continuar à espera já que não havia médico no DPN naquele dia e pediram a uma médica do Alto-Risco para me fazer o internamento. A médica pediu que eu fosse ter com ela à consulta mas o Dr. Álvaro Cohen que estava nas ecografias e no gabinete ao lado daquele em que me encontrava não deixou. Segundo ele, eu, que ía fazer uma IMG tinha que ser resguardada e não esbarrar em grávidas a todo o momento. Um lado humano que eu não conhecia neste homem. Ainda saímos para almoçar e fui internada, finalmente às 14:30.
Piso 1, na entrada do internamento materno-fetal está o quarto 121. Toda a gente sabe que as senhoras do 121 estão ali para interromper a gravidez. Lá fiquei na cama 3. Fiz logo a medicação vaginal e esperei. Pelas 16h comecei cheia de contrações até que senti um “ploc”. Começou a escorrer água e chamei a enfermeira. Novo toque….deve ter sido uma ruptura alta da bolsa…colo com 1 dedo. 10 minutos depois já treinava a respiração porque as dores apertavam e abriu-se a torneira. Fiquei encharcada e a cama também. Lá veio a enfermeira que confirmou a ruptura total da bolsa e colo permeável a 2 dedos. Acabaram as dores. A partir daqui só senti moinhas perfeitamente suportáveis. Fui tomar um banho e voltei para a cama. Lanchei!
Às 17h vieram colocar um comprimido na bochecha e colocaram-me a soro!
Às 18:45 fui fazer xixi. Pus-me em posição e sinto sair qualquer coisa como coágulos. Baixo a cabeça e espreitei. Tinha o bebé pendurado e preso pelo cordão umbilical. Perfeitinho. Completamente formado! Desatei a gritar pela enfermeira. Apareceu uma auxiliar e disse-lhe: “Chame depressa uma enfermeira porque tenho o bebé aqui pendurado”. Enquanto oiço as enfermeiras a correr, sinto outra coisa a sair e o meu bebé caiu na sanita. Desatei a chorar! Uma enfermeira levou-me para o quarto, onde estava o meu marido que pensava que eu tinha caído! Quando se apercebeu, agarrou-se a mim e chorei, chorei muito.
A outra enfermeira apareceu de seguida. Disse que não tinha conseguido apanhar o feto porque caiu tão direitinho que foi embora!
Fez-me o toque e disse que, se eu não tivesse visto não acreditava que tivesse ali passado um feto, já que o colo estava praticamente fechado. Mandou-me para a sala de parto para que tentasse expulsar a placenta.
Vieram 2 médicas ver-me. Contei o que tinha acontecido e resolveram fazer ecografia. Primeiro pélvica, depois transvaginal. Concordaram que estava limpinha. Tinha apenas restos de coágulos. A placenta tinha mesmo saído depois do bebé. Eu bem senti! Por isso o bebé se desprendeu e caiu.
Aqui, já com o meu marido novamente ao meu lado, chorámos os dois. Como se tivéssemos a enterrar um pesadelo, um filho! Foi a primeira vez que chorámos os dois! Jurámos que o dia seguinte iria ser o recomeço! Prometeu-me que, no máximo, daqui a 4 meses estaríamos de novo nas consultas!
Vieram buscar-me e fui para o internamento. Desta vez para o piso 2 no mesmo internamento das puérperas de parto normal mas num quartinho lá ao fundo do corredor só com 2 camas!
Ouvi o choro dos bebés toda a noite. Cruzei-me com recém-mamãs na casa de banho e no corredor que olhavam para mim e deviam pensar: “trombuda! Ainda agora pariu e nem parece que está feliz!”. Possivelmente, há 3 anos, quando a Mafalda nasceu, cruzei-me com uma mulher nesta situação e pensei o mesmo. Se lá voltar, nunca mais olharei da mesma maneira para as mulheres que não aparentam estar felizes. Quando passar pelo quarto 121, vou olhar e pensar que pode estar ali alguém a sofrer, porque a maternidade, tanto se dá à luz filhos vivos como mortos!
No dia seguinte, o meu marido foi buscar-me às 14:30. De manhã fiz outra eco, no serviço de DPN porque, como o ecógrafo da sala de partos não presta, queriam confirmar o que é raríssimo de acontecer: a placenta soltar-se e sair espontaneamente com 16 semanas de gestação. Confirmou-se! Estava mesmo limpinha!
Saímos da maternidade com um pedido de consulta de genética.
Sair pela urgência, seguir os mesmos passos que uma recém mamã faz com o seu recém bebé e levar as mãos vazias e o coração partido dói muito. Cheguei cá fora, respirei fundo. O meu marido abraçou-me e voltou a prometer-me que estaríamos de volta em breve!
Hoje, dia 20, termino de escrever este diário. As lágrimas correm pela cara, mas sei que estou melhor que ontem. Sei que vou ultrapassar esta fase. Tenho amigas fantásticas que me lembram todos os dias que estão ao meu lado. Tenho dois filhos lindos que me fazem sorrir e que precisam de mim. Tenho um super-marido que não tem vergonha de me dizer o quanto gosta de mim, que o demonstra diariamente com palavras, com gestos, com carinhos! 
Vou trabalhar na próxima segunda –feira. Não quis gozar os 30 dias de licença, embora tenha a declaração da MAC para fazer o pedido. Estar em casa não me ajuda.
Fisicamente estou bem. O resto vai indo, um dia de cada vez, mas não estou mal!
Não voltarei a ser a mesma pessoa, nunca mais!

Sofia Lopes"

 

E é mesmo isto: "Nunca se volta a ser a mesma pessoa"

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publicado por Associação Projecto Artémis® às 15:26


5 comentários

De Cátia Caeiro a 17.09.2016 às 13:51

Passei pelo mesmo sofia. Na MAC c o dr Alvaro, pela biopsia, pelas mesmas palavras, pela mesma indução, pela mesma expulsão. Força Sofia.

De rogado a 29.09.2016 às 10:44

Passei por o mesmo, compreendo a sua dor. Hoje pela 1ª vez revivi a minha historia nas suas palavras. Não escrevi um diário, mas todos os dias penso na minha Matilde. E por vezes choro...Não é fácil. Força e coragem.

De Joana a 30.03.2020 às 01:46

Em janeiro de 2016 perdi uma filha as 29 semanas com um vírus! Tive internada 8 ou 9 dias, entre ser avaliada, a minha filha morrer, o parto e a minha recuperação! Fiz o trabalho de parto numa sala sozinha, só com o meu marido, na urgência da MAC, para não ter que estar a assistir a grávidas que iam ter bebés vivos e saudáveis, e depois do parto fui levada para a enfermaria de ginecologia! Desde esse momento que não voltei a conviver nem com grávidas nem com bebés na MAC!foram fantásticos e super sensíveis. Tive todo o apoio da parte da psicóloga como da assistente social e das explicações de todos os procedimentos de funeral etc! Conheci o Dr. Alvaro lá, no primeiro dia, no dia que entrei na urgência vinda de um hospital privado! Nunca o tinha visto, foi ele quem me acompanhou, ele e toda a equipa!. Só posso dizer que conheci o meu anjo da guarda, que apesar de não ter conseguido salvar a minha filha, sei que não o fez porque não pode, porque não havia mais nada a fazer, e foi sempre mas sempre a pessoa mais correta comigo, incluindo quando me confirmou que a minha filha tinha morrido! Infelizmente não tivemos todas a mesma experiência, e lamento muito, por tudo, principalmente pela parte de ficarem internadas na mesma enfermaria que outras mulheres acabadas de ter bebés.
Hoje sou mãe de um rapaz de 2 anos, e claro, fui acompanhada desde o início pelo Dr, Alvaro, que me transmitiu uma tranquilidade e uma segurança que não se explica.

De Maria a 19.12.2020 às 23:50

Joana, o seu testemunho é uma luz de esperança para as pessoas que passam situações parecidas. Fico tão feliz com o seu desfecho. Muitas felicidades :)

De Maria a 19.12.2020 às 23:52

Joana, o seu testemunho é uma luz de esperança para as pessoas que passam situações parecidas. Fico tão feliz com o seu desfecho. Muitas felicidades :)

Sofia, obrigada pela partilha, nunca mais se volta a ser a mesma. Um beijinho

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Espaço de partilha com objectivo de diminuir a falta de informação técnica e emocional a mulheres que vivenciam o luto da perda de um bebé ao longo da gravidez, bem como quebrar o Pacto de Silêncio resultante de todo esse processo de luto na Perda Gestacional.


Direcção A-PA

projectoartemis Sandra Cunha, Psicóloga desde 2005 da Associação Projecto Artémis, tem vindo a desenvolver o seu trabalho desde essa data na área da Perda Gestacional. Desde Junho de 2011 está como Presidente da Associação Projecto Artémis, procurando quebrar o silêncio, alienado o seu conhecimento técnico com o da realidade da perda de um filho. Perdeu um bebé em 2007, após 2 anos de trabalho como psicóloga da Artémis, o que lhe permitiu reunir à técnica o conhecimento árdua de ter vivido na pele a perda de um filho.

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