Consultório de Perda Gestacional
Espaço de partilha com objectivo de diminuir a falta de informação técnica e emocional a mulheres que vivenciam o luto da perda de um bebé ao longo da gravidez, bem como quebrar o Pacto de Silêncio resultante de todo esse processo de luto na Perda G
17 dicas para ajudar no luto
1. Alimente-se bem e durma bastante.
2. Crie momentos de férias para o luto no sentido de recuperar energias.
3. Quebre a rotina com períodos de descanso.
4. Exprima suas emoções através de filmes, leituras de livros, conversas.
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Disponível no Brasil já
Informamos que o livro "MATERNIDADE INTERROMPIDA - O drama da perda gestacional", de Maria Manuela Pontes já está à venda nas melhores livrarias. Mais informações no site da Editora Ágora, pelo telefone (11) 3865-9890 ou pelos e-mails listados no final da mensagem.
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Encontro informal da Associação Artémis no Montijo
A Associação Projecto Artémis promove na próxima quinta-feira, dia 16 de Julho, um encontro informal de associadas e frequentadoras do fórum de apoio da Associação que irá ter lugar na cidade do Montijo. Convidamos desde já, todos quanto nos lêem a estarem presentes neste convívio entre mães, pais e familiares que vivenciaram a perda gestacional, pois acreditamos que a partilha de experiências e sorrisos ajuda a que sigamos o caminho da esperança com determinação.
Chamamos a atenção para o facto de se tratar de um encontro informal, sem qualquer vertente psicológica, mas que acreditamos que irá proporcionar o contacto entre mães e pais que passaram pela dura experiência de perder um filho durante a gravidez de uma forma salutar e em pleno ambiente de partilha. Neste encontro será ainda possível conhecer algumas mães que se encontram novamente grávidas, depois de terem perdido os seus filhos em gestações anteriores, e que simbolizam a esperança que cultivamos no seio da Associação Artémis.
O ponto de encontro será, às 15 horas de quinta-feira no Fórum Montijo, junto à porta principal (que possui um carrossel) e daí seguiremos para o jardim municipal da cidade para uma agradável tarde passada ao ar livre. Pede-se a todos aqueles que pretendam juntar-se a nós, que o façam sem medos e constrangimentos, pois voltamos a lembrar que se trata de um encontro informal, onde a única coisa que queremos é poder conviver e partilhar sorrisos.
Na chegada ao Fórum Montijo, é favor contactar Joana Cruz ou Sandra Almeida, responsáveis pelo grupo de trabalho de Lisboa sob a alçada da Associação Artémis.
Esperamos por todos vós.
Na Artémis, geramos esperança!
No convívio geramos sorrisos!
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Aos Profissionais de Saúde
No dia 17 de Maio de 2009 dei entrada no serviço de atendimento permanente do hospital. No dia 17 de Maio de 2009 perdi a minha única filha, a minha menina com 37 semanas e 3 dias de gestação e quase perdia a minha própria vida. No dia 17 de Maio de 2009 sofri uma ruptura uterina e posso não vir a ter mais filhos.
Dei entrada pela primeira vez por volta das 4 horas da madrugada com muitas dores abdominais. Fui atendida por uma médica que me fez o CTG e toque e verificou que não me encontrava em trabalho de parto mas que, apesar das minhas queixas e de ter vomitado ainda durante a consulta, me mandou para casa depois de ter perguntado ao meu marido se eu era piegas. Não culpo essa médica por aquilo que aconteceu pois não era previsível nem diagnosticável por qualquer exame, nem a culpo porque também eu achei que tivesse tido uma paragem de digestão… mas eu não sou médica.
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Silêncios
Sempre achamos que podemos fazer mais e mais pelos nossos semelhantes, principalmente quando eles são o reflexo de uma situação pela qual passamos e vivemos num qualquer passado.
A consciência do pouco que existia ao nosso alcance numa dada altura, impele alguns dos nossos objectivos de vida, face à concretização do muito que precisávamos ter tido. Revejo‐me nestas atitudes, não altruítas, mas solidárias de querer ver o “Mundo da Perda Gestacional” pintado a realidade.
Não é fácil assumirmos um acontecimento que nos desmembra de um sonho, de um projecto de vida, que envolve fatalmente sempre terceiros.
Não, não só o nosso companheiro….aqui refiro‐me a toda a tribo que é uma família.
Passamos a sentir‐nos responsáveis por dar explicaçõs do ocorrido a toda a famíia.
E eu pergunto‐me: explicações? De quê?
Como não sabemos muito bem o que explicar e como explicar, optamos por não falar muito do assunto deixando à mercê dos Outros, a construção dessas explicaçõs – Sempre erradas.
Será que vale a pena permitirmos que os Outros construam legendas fantasiosas e decrépitas sobre aquilo que nos aconteceu?
Penso que não!
O caminho mais correcto, justo e merecedor da nossa profunda dor, é sermos nós a escolher o que queremos dizer para que não se façam dissertações sobre o que perdemos ou sobre o desmerecimento de não ter tido – Um filho!
Vale sempre a pena falar!
Manuela Pontes