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Convocatória para Assembleia Geral Ordinária de 25 de Março de 2017

Segunda-feira, 20.03.17
 

Ex.mos Senhores Associados da Associação Projecto Artémis:

Nos termos do Artigo 29, ponto 2b dos estatutos e demais legislação aplicável, convoco todos os associados da Associação Projecto Artémis, a reunirem em Assembleia Geral Ordinária, no próximo dia 25 de Março de 2017, pelas 14,00 horas na Sede da Associação, sita na Praça Paulo Vidal Nº14, Lamaçães, 4700 Braga com os seguintes pontos:

 

1 - Discussão e votação do relatório de contas de 2016

2 – Outros assuntos de interesse para a A-PA

Informam-se todos os associados que segundo o Artigo 31º, caso não estejam presentes à hora marcada a maioria dos sócios, a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de associados, deliberando validamente.

 

Braga, 16 de Março de 2017

 

A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Anabela Costa

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publicado por Associação Projecto Artémis® às 14:23

"ainda não consegui ultrapassar nem deixar de me sentir culpada"

Quinta-feira, 09.03.17

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"Quando descobri que estava grávida da Madalena em Novembro de 2014 namorava apenas à 2 meses,mas apesar disso  foi uma alegria enorme para mim e para o pai. Tinha 31 anos não era uma miúda por isso não tive qualquer dúvida em seguir para a frente... Dizem que é mau agoiro pensar que algo vai correr mal mas desde o inicio senti que alguma coisa poderia acontecer e pedi a todos que se tivessem que escolher entre mim e a minha filha optassem por ela...

 Antes mesmo de fazer a 1ª eco (coincidência ou não a consulta tinha sido desmarcada nessa mesma semana), no dia 19 de Dezembro tivemos um acidente de automóvel, o carro foi para a sucata mas, não ficou "ninguém mal, é o que importa" dizíamos na altura.... fui para o hospital de Évora desde o primeiro minuto pensei no meu bebe se, por uma teimosia minha porque não precisava ter feito aquela pequena viagem a Évora, teria posto em risco o meu bebé. Depois de algumas horas há espera e de os médicos terem sido atenciosos por estar nervosa e estar no inicio da gravidez finalmente conheci a Madalena, na altura nem sequer sabia se era uma ou um mas era meu, era o meu bebe... e quando ouvi o coração bater parece que tudo fez sentido....o meu bebé estava "bem". A médica disse na altura que era tão pequena que nunca poderia ter sido afetada pelo impacto.

 Em Março resolvemos casar já tinhamos a nossa casa e era altura de fazer o "ninho" para o nosso bebé, tivemos muita ajuda dos meus pais de dos meus sogros nunca fiz grandes esforços, pelo menos no que toca a vida familiar, já no trabalho embora tivesse recebido ordem do médico da companhia para ser colocada nas caixas, uma vez que trabalho num supermercado, essa ordem não foi cumprida e passei os 8 meses de gravidez de pé a andar de um lado para o outro. No dia 20 de Março de 2015 tivemos a certeza de que era uma princesa embora sempre nos tivéssemos referido ao bebe como "ela", instinto, talvez. A partir dai era rosa, rosa, rosa.....

 Estava tudo bem, corria as mil maravilhas, nem um enjoo desde o inicio, a Madalena era pequenina mas estava tudo bem. 

No inicio de Junho começava a andar cansada os pés inchavam muito mas também passava o dia em pé... Fui ao médico diagnosticaram-me um trombocitopenia, diziam que era derivado do by-pass gástrico que tinha feito em 2011, e que estava com poucos líquidos, nada de preocupante segundo a médica, era só controlar beber muita água. No dia 16 de Junho de 2014 entrei de férias e depois a médica disse que já era tempo de ir para casa descansar, mais ou menos por volta da 2ª semana de Julho não senti a Madalena mexer durante muitas horas e comecei a entrar em pânico felizmente o meu marido lembrou-se " come chocolate, a médica disse que resultava...." e resultou a Madalena mexeu-se mas nunca mais fiquei descansada.... quando passava 2h sem se mexer começava a entrar em "stress", "calma, é normal tu és baixinha tens a barriga pequena a menina não tem espaço para se mexer" diziam... comecei os CTG's tinham sempre que me dar um rebuçado porque segundo as enfermeiras a Madalena estava a dormir e era preguiçosa..... 4 CTG e nada de contrações. 

 Dia 18 de Julho a minha médica disse-me se até dia 25 de Julho não acontecesse tinha que estar no hospital as 8 da manhã para me provocarem o parto.

 Dia 21 terminei o tempo e nada... no dia 23 o meu cunhado chegou, e disse " a minha afilhada estava a éspera do padrinho para nascer"....jantamos todos juntos nesse dia pais sogros irmão e nos. N altura estavamos na casa da minha sogra porque o meu marido não tinha a carta e caso acontessece durante a noite estavamos resolvidos por volta das 3h da manhã acordei com uma vontade enorme de ir a casa de banho e as 4h estava novamente mas deitei um bocadinho de sangue acordei o meu marido e o meu cunhado e fomos para o hospital cheguei ao hospital por volta das 6,30 entrei e eles ficaram na sala de espera e eu fui para a maternidade e começou o pesadelo senti qualquer coisa "rebentar" e fiquei cheia de sangue. A enfermeira veio mediu os batimentos, 105 nunca vou esquecer este número, e ouvi- a ao telefone " dra tenho um possível decolamento de placenta de tempo com grave hemorragia" em 5min tinha 10 pessoas a minha volta "vai correr tudo bem, não tarda tem o seu bebé tem que estar calma", lembro-me de entrar no bloco mais nada, a Madalena nasceu as 7,24h do dia 24 de Julho de 2015. Acordei penso eu por volta das 9h com a médica,  a quem devo a vida, Dra Isabel Campião a dizer tenha calma esta tudo bem " onde está o meu bebé, quero o meu bebé, por favor tragam-me o meu bebé" era só o que dizia e ela calmamente e com uma certa ternura disse " infelizmente não conseguimos salvar o bebé" e o meu mundo acabou os meus sonho, planos tudo ficou destruido só queria morrer e ir ter com a minha princesa. Nesse dia não conseguia encarar o meu marido sentia-me culpada por o que tinha acontecido esla estava dentro de mim porque não a consegui proteger... pedi que fosse a minha mãe a ficar comigo e as enfermeiras deixaram que dormisse lá. No dia seguinte implorei que me deixassem vir embora aquele choro dos bebés a toda hora estava a fazer-me mal pensei, com egoísmo, porque é que se eu não tinha o meu porque é que tinha que ouvir os outros, tive alta e vim para casa. Chorei todo o fim de semana... na 4ª feira tive que voltar a maternidade para mostrar pontos e no caminho recebo um telefonema da morgue, tivemos que ir assinar uns papéis uma vez que doamos os tecidos para estudo o hospital responsabilizou-se pelo enterro, mais um dia de pesadelo a nossa menina a poucos metros de nós e nem sequer tínhamos visto como ela era" é melhor não a verem senão vão ficar sempre com aquela imagem apenas precisam saber que era linda e perfeita" disse-nos a médica. Durante semanas acordei durante a noite e jurava que ouvia um bebé chorar....

    No dia 1 de Novembro voltei ao trabalho estava revoltada precisava de arranjar um culpado para tudo o que aconteceu senti que toda a gerencia era culpada por não ter cumprido as ordens do médico e eu ter estado sempre de pé, sem ter descansado mas acima de tudo culpava-me a mim, a culpa era minha não tinha conseguido proteger a minha filha.

   O meu marido demorou meses até conseguir dizer o nome da Madalena, sofreu para dentro durante muito tempo para eu não ver (pensava ele), eu agradeço até hoje a uma grande amiga com quem fizemos tratamentos de Reiki, e que nos ajudaram a deixar a nossa filha partir, e quando ela partiu tivemos a melhor recompensa de sempre.

 Em Fevereiro de 2015 fui a consulta da Dra Isabel porque precisava de saber o que tinha acontecido as coisas ainda estavam muito confusas, mas sobretudo fui porque tinha feito um teste de gravidez que deu positivo e confirmou-se estava grávida novamente! Fui seguida com muito cuidado pela Dra Isabel e pela Dra Marina do Vale na Fetus, a quem recomendo sempre, e lá estávamos nós outra vez à espera de mais uma menina, foi uma gravidez " calma, com a corda no pescoço e com muito medo", aos 7 meses de gravidez vim para casa descansar e tudo de novo trombocitopenia e poucos líquidos, pensei "outra vez não". Ficou decidido logo no inicio que era cesariana as 38 semanas e assim foi, no dia 15 de Setembro as 9,38h da manhã tínhamos finalmente a nossa princesa Mariana connosco saudável e linda....

  Hoje a Mariana tem quase 18 meses e sei que tem um anjinho da guarda que zela por ela a toda a hora, tem sido uma criança absolutamente saudável e é muito independente mas também muito "mimenta". É a nossa rainha cá de casa e embora não preencha o vazio da mana dá-nos motivos para viver todos os dias...

 

É assim o meu testemunho ainda não consegui ultrapassar nem deixar de me sentir culpada pelo que aconteceu à Madalena e duvido que alguma vez deixe de me sentir assim, mas a vida continua e a Mariana precisa de mim e sei que a Madalena gostaria que assim fosse...

 

 

um beijo da mãe que te vai amar para sempre 

 

Eva Cavaco"

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publicado por Associação Projecto Artémis® às 15:00

Encontro de pais - Abril

Segunda-feira, 06.03.17

águeda encontro pais.jpg

 Encontro de pais com história de perda gestacional, moderado por uma psicóloga, onde se procura efetuar a partilha de histórias de perda gestacional, e facilitar o processo de luto.
Inscrições:
email - rp.eventos.artemis@gmail.com
valor: gratuito associadas A-PA
10€ não associados A-PA
Data Limite inscrições 15 de Abril

pagamento inscrições:
Transferência bancária
IBAN - PT50 0036 0101 99100036132 19 do Montepio geral

PAYPAL:
projectoartemis@sapo.pt

Local evento:
Rotary Club de Águeda
Av. 25 de Abril, Edifífio do Mercado Municipal – Loja 15 e 20
Águeda

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publicado por Associação Projecto Artémis® às 15:50






Espaço de partilha com objectivo de diminuir a falta de informação técnica e emocional a mulheres que vivenciam o luto da perda de um bebé ao longo da gravidez, bem como quebrar o Pacto de Silêncio resultante de todo esse processo de luto na Perda Gestacional.


Direcção A-PA

projectoartemis Sandra Cunha, Psicóloga desde 2005 da Associação Projecto Artémis, tem vindo a desenvolver o seu trabalho desde essa data na área da Perda Gestacional. Desde Junho de 2011 está como Presidente da Associação Projecto Artémis, procurando quebrar o silêncio, alienado o seu conhecimento técnico com o da realidade da perda de um filho. Perdeu um bebé em 2007, após 2 anos de trabalho como psicóloga da Artémis, o que lhe permitiu reunir à técnica o conhecimento árdua de ter vivido na pele a perda de um filho.

Contacto:
Telefone:937413626
E-mail: associacaoprojectoartemis@gmail.com
Site: www.facebook.com/associacaoartemis