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E tu respeitas?

Quinta-feira, 28.04.22
A Sensibilização para a Perda Gestacional é um trabalho de todos, falar de Perda Gestacional não tem que ser tabu.
O processo de luto pode ser facilitado por cada um de nós. Respeitar os pais e o bebé que existiu é um dos primeiros passos.
E Tu respeitas?
 

O meu bebé nasceu sem vida.png

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publicado por Associação Projecto Artémis® às 10:22


1 comentário

De Joana Leal a 20.06.2022 às 01:10

Sempre que existirmos, os nossos filhos existirão em nós.
Ontem, numa festa, encontrei uma colega de trabalho que já não via há muito tempo. A meio da conversa de convívio social, ela pergunta-me: "Então, a tua criança?". Fiquei um pouco embasbacada e disse: "Eu não tenho nenhuma criança. Eu perdi o meu Miguel." Ela, convenientemente desculpou-se e eu arrematei: "Não faz mal, não sabias (e foi sincero). Mas ele está sempre presente. Está sempre comigo".
Eu menciono-o em quase todas as situações. Há uma altura em que me dói. Quando estou a fazer o meu trabalho e me perguntam se tenho filhos... aí não falo no Miguel. Não quero misturar as coisas, não quero o foco para mim. Quero manter a distância e os limites e não digo que tenho um filho, que tive um filho que morreu. Mas custa-me às vezes não o fazer, Mas também não é por não o fazer que deixo de ser mãe.
Não há um dia que ele não esteja comigo, no meu coração, nas emoções, nos passos que dou. Não me sinto sozinha.

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Espaço de partilha com objectivo de diminuir a falta de informação técnica e emocional a mulheres que vivenciam o luto da perda de um bebé ao longo da gravidez, bem como quebrar o Pacto de Silêncio resultante de todo esse processo de luto na Perda Gestacional.


Direcção A-PA

projectoartemis Sandra Cunha, Psicóloga desde 2005 da Associação Projecto Artémis, tem vindo a desenvolver o seu trabalho desde essa data na área da Perda Gestacional. Desde Junho de 2011 está como Presidente da Associação Projecto Artémis, procurando quebrar o silêncio, alienado o seu conhecimento técnico com o da realidade da perda de um filho. Perdeu um bebé em 2007, após 2 anos de trabalho como psicóloga da Artémis, o que lhe permitiu reunir à técnica o conhecimento árdua de ter vivido na pele a perda de um filho.

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